segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Biotube- Mensagem para os leitores

Há não muito tempo atrás foi nos pedido, no âmbito da disciplina de Biologia, 12ºano, a elaboração de um blogue que abordasse um dos temas que julgamos estar cada vez mais presente nos dias de hoje, a infertilidade feminina.
O número de mulheres a enfrentar este problema tem vindo a aumentar cada vez mais e, por isso, com o objetivo de informar e esclarecer as dúvidas de todas as mulheres que estão a passar por esta situação difícil e  todos aqueles interessados neste tema, criámos o Biotube.

No decorrer da elaboração deste blogue ficamos surpreendidos, tal como tu irás certamente ficar, com o imenso e variado leque de doenças e problemas que podem levar à infertilidade feminina.

Nós, alunos do 12ºA da Escola Secundária Poeta António Aleixo e criadores do Biotube, esperamos que no fim da leitura deste blogue te sintas mais informado/a e tenhas esclarecido todas as dúvidas que te tenham surgido. Se, após a leitura, ainda te sentires pouco esclarecido/a, não hesites e escreve um comentário com as tuas dúvidas. Iremos tentar responder ao teu comentário o mais rápido possível!

O Biotube começou com um simples trabalho, um simples blogue informativo, no entanto, à medida que foi sendo elaborado, apercebemo-nos de que o Biotube não podia ficar por aqui.. logo, comprometemo-nos  a expandi-lo de forma a torna-lo acessível a mais gente. E, assim, pretendemos traduzi-lo para a língua mais falada mundialmente, o Inglês.

Para mais informações sobre a infertilidade feminina, fica atento/a aos nossos posts!

Esperemos que gostes,

Os criadores do Biotube.

Algumas curiosidades!

  • Uma mulher que apresente ciclos menstruais regulares pode ovular oócitos imaturos ou mesmo não ovular.
  • 10% dos casos de infertilidade feminina não estão associados a problemas no sistema genital. A maioria dos casos de infertilidade estão associados a problemas genéticos;
  • O risco de infertilidade feminina vai aumentando com a idade. A partir dos 35 anos de idade se a mulher não conseguir engravidar, ao contrário de tentar engravidar durante um ano, deverá recorrer a ajuda médica.
  • A gravidez pode curar a endometriose. As hormonas libertadas pelo embrião (para que este se consiga "fixar" nas paredes do endométrio) irão provocar uma diminuição de alguns sintomas desta patologia, como a dor abdominal.




Fontes:
http://www.apfertilidade.org/web/principais-causas-de-infertilidade-feminina
http://www.referendo-pma.org/questoes/fertilidade/dossier.htm
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/infertilidade
 http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/24330/000746830.pdf?.. 

domingo, 10 de novembro de 2013

Prolapso Genital


O prolapso genital corresponde à descida do útero e da vagina, por vezes também de órgãos adjacentes como a bexiga ou o recto, devido à debilidade das estruras que os mantêm na sua posição normal.

Causas

Em condições normais, o útero localiza-se entre a bexiga e o recto, suspenso por cima da vagina, na qual o colo uterino desagua, graças à ação de vários elementos que asseguram a sua fixação. 
  • Por um lado, existem sistemas de sustentação, formado por um conjunto de músculos que constituem a denominada “ bolsa da pélvis”, apenas interrompido pelos orifícios que permitem a passagem da uretra, vagina e recto, que impede a “ queda” dos órgãos presentes na cavidade pélvica. 
  • Por outro lado, existe um sistema de suspensão formado por uma série de músculos e ligamentos, entre os quais se destacam os ligamentos útero-sagrados, que unem a parte inferior do útero e a parte superior da vagina com os ossos que constituem a pélvis óssea. 
Para além disso, existe uma série de membranas e ligamentos redondos, como os ligamentos largos, que contribuem para a manutenção dos órgãos genitais na sua posição normal.

O prolapso genital é causado pela impossibilidade, dos elementos citados em cima desempenharem eficazmente a sua função. Por exemplo, os ligamentos e músculos da zona da zona distendem-se e podem romper-se ao longo do parto, o que justifica o facto de o prolapso uterino ser mais frequente em mulheres que tenham tido vários filhos, ainda que também possa afetar mulheres que não tenham qualquer filho. Para além disso, a produção de lesões dos ligamentos de sustentação num parto, devido a um acidente ou como sequela de uma infecção, pode provocar um brusco prolapso genital.

Todavia, o problema  desenvolve-se, na maioria dos casos, de maneira progressiva e sem causa específica, como acontece com especial incidência em mulheres que apresentem uma debilidade constitucional dos sistemas de sustentação e de suspensão. Neste sentido, a menopausa constitui um momento crítico, já que o défice hormonal próprio desta época propicia uma certa atrofia e a debilidade dos meios de sustentação do útero e dos restantes órgãos pélvicos, sendo a obesidade um fator favorecedor significativo.


Tipos de prolapso uterino

Tipos

Tendo em conta que existem vários órgãos suspensos na cavidade pélvica, é possível distinguir diferentes tipos de prolapso genital, que muitas vezes se manifestam em conjunto.
  •  Prolapso uterino: esta alteração, a mais comum, corresponde à descida do útero pelo interior do canal vaginal e, embora por vezes se trate de um ligeiro deslocamento, noutros casos penetra através de um orifício vaginal ou até sobressai completamente para  exterior. De acordo com o nível de descida do útero , é possível distinguir vários tipos de prolapso. No prolapso de primeiro grau, o útero desce através do canal vaginal, mas não ultrapassa o plano da vulva; no prolapso de segundo grau, o útero ocupa todo o interior do canal vaginal e o colo uterino sobressai por fora da vulva; no prolapso de terceiro grau, todo o útero sobressai para fora da vulva;

Tipos de Colpocelo
  •  Hérnias vaginais: um outro tipo de prolapso genital corresponde à protrusão de algum órgão adjacente, como a bexiga ou o recto, na vagina, o que é normalmente designado como colpocelo. Em caso de colpocelo anterior, ou cistocelo, a bexiga pressiona o septo anterior da vagina, formando uma proeminência no interior do canal vaginal. Em caso de colpocelo posterior, ou rectocelo, o recto pressiona o septo posterior da vagina e forma uma procidência no seu interior. O mesmo ocorre com o enterocelo, no qual o prolapso afeta a parte superior, proporcionando a formação de uma hérnia constituída por uma porção de intestino








Tratamento

O único tratamento definitivo do prolapso genital, independentemente do tipo de problema, corresponde à cirurgia. 

Todavia, habitualmente, recorre-se à cirurgia nas fases mais adiantadas do problema, quando surgem sinais e sintomas que provocam incómodo ao paciente ou interferem nas suas atividades diárias. Enquanto se aguarda pela realização da operação, deve-se recorrer à utilização de um pessário, uma espécie de anel de borracha que deve ser introduzido na vagina, de modo a sustentar os órgãos afetados por prolapso, embora se trate de um tratamento provisório, já que a sua utilização prolongada pode originar alterações locais.


O tipo de cirurgia a realizar vai depender de alguns fatores:
  • Do tipo e grau de prolapso genital;
  • Idade da mulher afetada;
  • Seu desejo em ter filhos. 

Em caso de prolapso uterino grave, a única solução eficaz corresponde à extração do útero, ou histerectomia*, proporcionando a esterilidade definitiva, o que justifica o facto de apenas ser realizada em mulheres que já não desejam ter filhos. Em alguns casos, a cirurgia plástica possibilita a reconstrução da base da pélvis debilitada e a cura de um cistocelo* ou rectocelo.


Pressário



Glossário:
*Histerectomia: operação cirúrgica, que consiste na ablação do útero;
*Cistocelo: bexiga descaída;


Fontes

Infertilidade Pós-Gravidez

Uma mulher plenamente saudável pode vir, depois da gravidez, a sofrer de infertilidade, devido a complicações ou problemas que ocorreram durante a gestação.
A Gravidez Ectópica é um exemplo de um problema que pode causar infertilidade depois da gravidez, e o Prolapso Genital pode ocorrer depois do parto. Os abortos de repetição são casos em que a mulher consegue engravidar, mas como também não consegue levar a gravidez até ao fim, é considerada infértil.



Aborto de Repetição


O aborto de repetição é a situação na qual um casal sofre 3 ou mais abortos sucessivos. A ocorrência de 1 ou 2 abortos é considerado "normal", pois 10% das gestações acabam num aborto. Destes, 85% tem uma causa genética associada - uma alteração a nível dos cromossomas incompatível com a vida. Estes podem ocorrer de forma aleatória ou devido a alterações herdadas dos pais. 
No entanto, se uma mulher com mais de 35 anos sofrer 2 abortos sucessivos, isto já pode ser um indício de um problema (é de relembrar que, em mulheres com idades superiores a 35 anos, é mais difícil a mulher engravidar, e se o conseguir, a gravidez é considerada de risco, e deve ser acompanhada de perto. Isto porque aumenta a possibilidade de malformações e anomalias fetais a partir destas idades).
Os abortamentos de repetição podem ainda ter causas uterinas (alterações da cavidade uterina, que podem impedir a gestação, por exemplo, miomas), entre várias outras. Estas estão bastante bem especificadas neste site, que recomendamos que o visitem caso tenham dúvidas mais aprofundadas sobre o tema - http://guiadobebe.uol.com.br/aborto-de-repeticao/



Fontes
http://www.e-familynet.com/artigos/articles.php?article=812

Anomalias da posição do útero

A localização anormal do útero pode provocar determinadas alterações na fertilidade e originar sinais e sintomas incómodos.

  • Tipos de anomalias
Embora a localização do útero seja variável, este normalmente encontra-se no centro da pequena bacia, com o fundo mais perto da púbis do que da coluna vertebral e virado para a frente, já que o seu eixo forma um ângulo quase recto com o eixo da vagina, enquanto que o corpo do útero apresenta uma ligeira curvatura para diante em relação ao colo uterino. Embora as ligeiras variações não alterem a fertilidade nem provoquem qualquer incómodo, os desvios ou deslocações significativas podem provocar problemas e, consequentemente, originar graves alterações.

É possível distinguir vários tipos de anomalias, cada uma delas com o seu nome específico.


Entre as anomalias de posição, destacam-se a anteposição e a retroposição, quando o útero se encontra respectivamente mais à frente e mais atrás do que o habitual, e a sinistroposição e dextroposição, quando está deslocado para a esquerda ou para a direita.
Existem igualmente as várias anomalias da inclinação do útero, em que as mais evidentes são a anteversão e a retroversão, quando o eixo do útero se encontra deslocado para a frente ou para trás em relação ao eixo da vagina.



Entre as anomalias da flexão do útero, as mais significativas são a anteflexão e a retroflexão, quando o corpo do útero se encontra curvado para a frente e para trás respectivamente em relação ao colo uterino.

Existe ainda o útero septado, situação em que existe um septo na cavidade uterina.



Causas e Consequências
As anomalias da posição do útero podem ser congénitas, ou seja, provocadas por uma alteração no desenvolvimento do feto, e encontram-se presentes desde o nascimento, embora também possam ser originadas por lesões nos ligamentos e restantes estruturas que mantêm o útero na sua posição, por exemplo devido a rupturas no momento do parto, traumatismos ou infecções. Embora as anomalias habitualmente sejam ligeiras e não originem sinais ou sintomas, em alguns casos, provocam dores na parte baixa do abdómen ou nas costas, sobretudo no período pré-menstrual, e desconforto nas relações sexuais que se podem tornar dolorosas. Noutros casos, provocam menstruações dolorosas e muito abundantes. Embora sejam raros os casos em que as anomalias da posição do útero originam infertilidade, por vezes, podem provocar um certo incómodo ao longo da gravidez, por exemplo se a dilatação do útero deslocado comprimir algum órgão vizinho, e também aumentar o risco de aborto.
Existe tratamento para anomalias do útero?

Caso a mulher tenha problemas em engravidar, pode realizar vários exames para detetar se existe uma anomalia, como por exemplo, um ultrassom ou uma histerossalpingografia ( raio-X com contraste).
Se existir, de facto, uma anomalia na posição do útero, não é alarmante. A maioria destas não necessita de tratamento. Este apenas é necessário quando as anomalias provocam problemas com alguma gravidade ou alteram a fertilidade. Nestes casos, deve-se recorrer a um tratamento hormonal para controlar o ciclo menstrual ou, caso a anomalia perturbe a vida sexual ou provoque infertilidade, proceder-se à realização de uma intervenção cirúrgica para colocar o útero na posição mais adequada. 

Se existir um septo, pode-se realizar uma laparoscopia para o remover. A laparoscopia é uma cirurgia, mas pode interferir com a fertilidade. Uma das possibilidades é ter o septo retirado através de uma histeroscopia, um procedimento mais simples. 



Fontes:
http://vilamulher.terra.com.br/utero-anomalias-anatomicas-uterinas-9-5760653-247597-pfi-lidianedomingues.HTML

http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=682

http://brasil.babycenter.com/a4000052/anomalias-anat%C3%B4micas-do-%C3%BAtero#ixzz2kHtMA5zO

Enciclopédia Familiar da Saúde, marianaeditores
  

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Síndrome dos Ovários Poliquísticos

Este problema, também conhecido por síndrome de Stein- Leventhal, é caracterizado pelo desenvolvimento de quistos nos ovários, provocando menstruações escassas, amenorreia ou até mesmo infertilidade.

As causas ainda não são conhecidas, mas os médicos pensam que este problema pode ter sido causado por um desequilíbrio dos níveis das gonadotropinas* produzidas pelas células da hipófise anterior, a FSH – folicolóestimulina - e LH – lúteoestimulina - que estimulam o desenvolvimento dos folículos primordiais e o desenvolvimento do corpo amarelo após a ovulação, respetivamente.

 Em alguns dos diagnósticos deste problema são observados níveis reduzidos de FSH e níveis elevados de LH. Este desequilíbrio afeta o funcionamento dos ovários e determina a formação de uma grande quantidade de pequenos quistos, que correspondem a folículos que aumentaram o seu tamanho. Esta alteração na produção de hormonas femininas pelos ovários proporciona a redução significativa dos níveis de progesterona e a subida do nível de estrogénio. No resultado deste diagnóstico é também perceptível a existência de níveis elevados de androgénio (hormonas sexuais masculinas), que nas mulheres costumam ser produzidas mas em quantidades substanciais, pelas glândulas supra-renais. Este desequilíbrio hormonal provoca a interrupção do ciclo ovárico e a manifestação das características do problema.


Sintomas
Os sintomas/manifestações deste problema costumam evidenciar-se entre os 15 e os 30 anos de idade, normalmente poucos anos após ocorrer a menarca (primeira menstruação).
Os sintomas mais frequentes deste problema são as alterações nas menstruações - estas passam a ser escassas (oligomenorreia) ou até desaparecerem. É frequentemente evidenciado o aparecimento de pelos no rosto, seios e abdómen e obesidade nas pessoas com este tipo de problema.
Também é possível verificar casos em que mulheres com esta patologia podem sofrer de hiperinsulinismo (concentrações elevadas de insulina no sangue), problemas na hipófise e no hipotálamo.

O mau funcionamento dos ovários e a típica ausência de ovulação proporcionam um desenvolvimento de um quadro de infertilidade.

Como podemos contornar este problema?

Atualmente existem vários procedimentos terapêuticos para esta patologia, mas a seleção do tratamento irá depender do grau de evolução do problema e também da vontade da mulher ficar grávida.
Normalmente recorre-se à utilização de medicamentos que irão atuar nos ovários tendo como função repor a função normalizada destes. Se este tipo de procedimento não funcionar (e dado que cada pessoa afetada tem um tipo de tratamento diferente) procede-se então à extração do tecido ovárico afetado. Desta forma há a reposição dos ciclos ováricos e a sua regularização.





Nota: O corpo amarelo também produz estrogénio, apesar de produzir progesterona em maior quantidade.

Glossário:
 *Gonadotropinas= gonadotrofinas =hormonas tróficas: hormonas produzidas na adeno-hipófise

Fontes:



quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Causas Genéticas


Por vezes a infertilidade pode ter causas genéticas, embora estes casos sejam raros. Isto deve-se, em parte, à dificuldade da sua identificação. A Endometriose e a Síndrome dos Ovários Poliquísticos são exemplos de problemas que podem levar à infertilidade feminina cujas causas da sua ocorrência são atualmente desconhecidas. Todavia, desconfia-se que estas estejam associadas com problemas genéticos.


Síndrome do X frágil: Também conhecida como síndrome de Martin & Bell, é uma doença de transmissão genética provocada pela mutação de um gene (FMR1) no cromossoma X. Este sofre uma constrição*, que aumenta a sua fragilidade (daí o nome da síndrome). A doença causa atraso mental e autismo. É mais comum nos homens que nas mulheres (1 em cada 4000 mulheres e 1 em cada 2000 homens).
Na mulher pode levar à menopausa precoce, situação em que na mesma se efetua a paragem da menstruação antes dos 40 anos.


Síndrome de Turner: É uma anomalia cromossómica onde as mulheres portadoras apresentam apenas um cromossoma X em vez de dois, como seria de esperar. Verifica-se falta de hormonas sexuais, o que leva a que os caracteres sexuais primários (ovários e vagina) e os caracteres sexuais secundários (seios) se apresentem pouco desenvolvidos. A mulher portadora, na maioria dos casos, não menstrua, não ovula e é infértil. Apresenta mãos e pés inchados e pescoço alado e largo.
Não foram identificados fatores hereditários, pelo que não existem quaisquer providências que os pais possam tomar de maneira a evitar que uma das suas filhas venha a ser portadora desta síndrome.
A Síndrome de Turner pode ser diagnosticada em qualquer fase da vida da mulher, até mesmo antes do nascimento (ao realizar-se uma análise aos cromossomas nos exames pré-natais).


Entre todos os problemas genéticos causadores de infertilidade, os mais comuns são causados por anomalias do cariótipo.

O cariótipo é o conjunto dos cromossomas de uma espécie (por exemplo: nós, humanos, possuímos 46 cromossomas). A análise ao cariótipo efetua-se nos leucócitos (glóbulos brancos). A alteração do número ou da estrutura dos cromossomas está associada a defeitos genéticos que podem levar à infertilidade, como por exemplo, insuficiência prematura do ovário, disfunção ovulatória, produção de oócitos* morfológica e/ou geneticamente anormais, anomalias do desenvolvimento embrionário, abortamentos de repetição e anomalias fetais. Como a infertilidade pode ser hereditária, deve-se avaliar cuidadosamente a história familiar referente a casos de infertilidade, casamentos entre familiares e doenças genéticas.

Glossário:
*constrição- diminuição do volume e do tamanho; estreitamento
*oócitos- células germinativas femininas produzidas nos ovários

Fontes:
 http://dicionariodesindromes.blogspot.pt/2010/03/sindrome-do-x-fragil.html
 http://www.minhavida.com.br/saude/temas/sindrome-de-turner

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Infertilidade feminina por via de maus habitos

Apesar de existirem muitas doenças causadoras de infertilidade feminina existe também uma relação entre os hábitos da mulher e a sua fertilidade. Há mulheres com hábitos prejudiciais à sua saúde como o tabaco, consumo de estupefacientes, álcool,  entre outros. Como tal, é de esperar que sejam pouco férteis. 

  •  Tabaco
Todos nós sabemos que fumar prejudica gravemente a saúde mas além disso, é considerado o maior veneno reprodutivo dos dias de hoje e, segundo uma Sociedade Americana de medicina, 13% da infertilidade feminina deriva do consumo de tabaco. Além disto, o tabaco tem outras consequências como o aumento de risco de aborto (aumenta cerca de 27%), a entrada precoce na menopausa (um a quatro anos antes), aumento de risco de gravidez ectópica, do risco de deslocamento da placenta e de ocorrência de parto prematuro.

  •  Álcool


Tal como o tabaco, o álcool também prejudica gravemente a nossa saúde quando consumido em excesso. Mulheres cujo consumo de álcool é elevado têm mais dificuldades em engravidar e apresentam problemas durante a gravidez, como o crescimento retardado do feto.


  • Drogas
 A presença de drogas no organismo não só  torna mais complicado a mulher engravidar, como pode levar à presença de graves problemas durante a gravidez, como aborto, má formação do feto e parto prematuro. Estes problemas são mais frequentes com o consumo de cocaína, barbitúricos (tranquilizantes), anfetaminas (usados para diminuir a apetite), anabolizantes (aumento da massa muscular) e maconha - pode causar irregularidades na menstruação e afetar a divisão celular.

Para além disto ainda há fatores quotidianos que podem afetar a fertilidade da mulher. Sabias que o stress pode ser uma causa de infertilidade? Deste modo a mulher terá de aprender a lidar com o stress, realizando atividades que permitam "aliviar" os níveis de nervosismo e adrenalina. 
A mulher deverá também ter em atenção na sua alimentação, tentando que esta seja variada e equilibrada. 


Pode-se então concluir que existe uma estreita relação entre hábitos nocivos à saúde e a infertilidade.



Fontes:
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,maus-habitos-de-saude-causam-infertilidade-apontaestudo,857734,0.htm
http://www.fertilidadenatural.com.br/pdf/capitulo07.pdf 

domingo, 3 de novembro de 2013

Amenorreia

Amenorreia é a designação que se dá à ausência de menstruação numa idade em que já deveria ter surgido (amenorreia primária) ou quando desaparece em mulheres que anteriormente já tinham tido menstruações regulares (amenorreia secundária).

É possível diferenciar vários tipos de amenorreia, consoante o momento da vida e os antecedentes prévios da mulher em relação à menstruação.

Por um lado,  existe  a amenorreia fisiológica, que não constitui qualquer tipo de problema, pois corresponde à ausência de menstruação durante a infância, em caso de gravidez e amamentação ou após a menopausa.
Por outro lado , existem dois tipos de amenorreia que constituem uma situação patológica* e por consequente, causa de infertilidade feminina: a amenorreia primária e a amenorreia secundária.

A amenorreia primária e secundária podem ser causadas devido à existência de:
  • Malformações congénitas como por exemplo:  a ausência de vagina, provocada por uma alteração cromossómica ou associada a um defeito durante o desenvolvimento; o hímen imperfurado, que impede  a evacuação da hemorragia menstrual produzida normalmente; a ausência do útero, o que impossibilita a produção de menstruação mesmo que o desenvolvimento da puberdade, condicionado pela função ovárica, seja normal; por mutações que ocorrem a nível dos cromossomas, que pode originar uma situação de pseudo-hermafroditismo,  ou síndrome de Turner, que pode levar à ausência de ovários ou o desenvolvimento defeituoso destes órgãos
  • Problemas hormonais, que consistem na insuficiência de secreção das hormonas hipotalâmicas e hipofisárias. Estas hormonas são responsáveis pelo controlo da atividade do ovário e pelo ciclo menstrual. São inúmeras as causas desta insuficiência, destacando-se os  tumores intracranianos; traumatismos craniencefaláticos; meningite, etc. 
  • Outros factores, como o treino desportivo excessivo, a anorexia e diversos problemas endócrinos e gerais podem, também, ser responsáveis por esta insuficiência  e, por fim, devido a infecções, tumores e outras complicações do útero e dos ovários.








Glossário
*patológica: patologia, doença;
*malformações cogénicas:  defeito nas constituição de algum órgão que determine uma anomalia morfológica estrutural presente no nascimento;
*Hipopituitarismo: insuficiência funcional da hipófise, ou glândula pituitária.
 

Fontes: