O muco cervical é o muco segregado pelas glândulas uterinas e tem como função facilitar a mobilidade dos espermatozoides e impedir infeções.
A viscosidade e a espessura do muco cervical variam consoante a concentração de hormonas ováricas, em particular de estrogénio no sangue.
Quando a mulher se encontra no período fértil se não houver qualquer tipo de problema, a espessura do muco deve apresentar-se mais reduzida, para permitir a passagem de esperma para o útero, e consequentemente os espermatozoides para as tubas, para que ocorra a fertilização do oócito II (em metáfase II suspensa).
Diferentes viscosidades do muco cervical em diferentes fases do
ciclo ovárico; A e B- Fase pré ovulatória; C- Fase ovulatória, Google Imagens.
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Porém se a mulher não produzir muco cervical, não o produzir em quantidades suficientes ou ainda se a sua qualidade for fraca, os espermatozóides não vão conseguir atingir a cavidade uterina nem alcançar o oócito II para o fecundar.
- Como podemos detetar este problema?
A mulher, geralmente, não consegue ter a perceção que há um défice de muco cervical.
Uma mulher com o ciclo menstrual regularizado e normal poderá aperceber-se de um aumento do fluxo vaginal a meio do ciclo.
Para este problema ser detetado é necessário a realização de um teste, o teste pós-coital. Neste teste é analisada a qualidade do muco, em diferentes fases do ciclo feminino.
- Quais as causas deste problema?
Uma das principais causas deste problema é a existência de um desiquilíbrio hormonal, principalmente nas concentrações de estrogénio no sangue (pois esta controla a viscosidade e a espessura do muco). Também algum tipo de infeções e medicamentos podem provocar este problema.
- Como podemos contornar este problema?
Realizam-se exames e se o resultados destes revelarem que o pH da vagina é baixo, esta situação pode ser revertida através de lavagens vaginais ou aplicar uma solução neutralizante de bicarbonato de sódio na vagina. Se depois de recorrermos a estes métodos o pH continuar a ser baixo, para que este não afete os espermatozoides, recorre-se a uma inseminação intra-uterina.
Inseminação Intra-Uterina, Google Imagens |
Fontes:
Boa noite, antes de mais gostamos muito do vosso blog e estão de parabéns.
ResponderEliminarMas surgiu-nos uma dúvida:
Uma mulher com problemas hipofisários que vão afetar a produção de Hormonas tróficas, consegue engravidar?
Olá grupo 1!
EliminarOs problemas hipofisários vão afetar a produção e o "lançamento" destas hormonas para a corrente sanguínea. À partida este problema causa infertilidade feminina, Visto que a ausência das hormonas tróficas na corrente sanguínea irá impossibilitar o desenvolvimento dos folículos primordiais (cujo desenvolvimento ocorre devido à produção da hormona FSH) e portanto, a ovulação (influenciada pela hormona trófica LH). Todavia, atualmente existem tratamentos hormonais, que constituem uma forma viável de contornar esta insuficiência da mulher. Estes medicamentos deverão ser compostos pelas hormonas FSH e LH.
Esperamos ter esclarecido a vossa dúvida!
Continuem a comentar, e esperemos que gostem e aprendam com os nossos post!